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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Emenda de caráter laico das escolas públicas foi a proposta mais apresentada ao PNE

Sugestão divide protagonismo ao lado de pedidos por expansão da rede federal e aumento do financiamento
Das quase 3 mil emendas que o projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) recebeu na Câmara, a proposta para incluir no documento uma determinação que reforce o caráter laico das escolas públicas e a promoção da diversidades nos espaços de aprendizado é uma das mais fortes e aparece 17 vezes entre as alterações apresentadas pelos deputados. É a proposta campeã ao lado da expansão da rede federal de educação profissional e do aumento do financiamento a partir do estabelecimento de um valor mínimo a ser investido por aluno, o chamado custo aluno qualidade (CAQ).

“Não cabe a nós fazer juízo de valor, mas entendemos que é um ganho haver um maior número de emendas nessa direção. Quanto mais conseguirmos garantir a questão da laicidade, mais respeito vamos ter de todas as religiões. Não se pode enquadrar crianças, jovens e adultos na escola dentro de um modelo A ou B”, avaliou a presidenta da União Nacional das Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho.

A entidade fez um levantamento sobre as emendas apresentadas por 87 deputados – 17% do total da Casa - e criou um sistema para classificação das propostas. No total são 1.408 emendas únicas, o que significa que quase 1,5 mil delas eram repetidas. Parte foi formulada por entidades da área como a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, da qual fazem parte cerca de 200 organizações, entre elas a Undime.

“Essa emenda que inclui no plano a questão da laicidade foi a que mais discutimos se deveríamos ou não apresentar. A partir de uma análise dos membros que fazem parte da comissão especial que analisa o plano e do próprio Congresso Nacional acreditamos que a questão da laicidade dificilmente teria adesão. Mas, surpreendentemente, vários deputados que são da bancada católica apresentaram a emenda”, explicou o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

O deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), relator da proposta na Câmara, prevê que o relatório seja concluído até início de outubro deste ano para ser votado. Como ele é terminativo, será avaliado apenas pela comissão especial criada para esse fim e a princípio não vai a plenário. “Até outubro espero ter condições técnicas para apresentar o relatório. Mas precisamos ter condições políticas para votar um texto dessa envergadura que envolve um conjunto de atores e uma política que é para o país como um todo”, disse o deputado.

Cleuza ressaltou que o ponto mais sensível do plano é a ampliação do financiamento. O texto enviado ao Congresso Nacional pelo Ministério da Educação prevê que seja ampliado para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) o investimento na área – hoje esse patamar está em 5%. Mas segundo os cálculos da Campanha Nacional pela Educação e de outras entidades da área, seria necessário ampliar esse percentual para 10% até o fim da década para garantir que as metas do PNE sejam cumpridas.

“Apenas 20% dos municípios tem arrecadação própria então a gente tem que levar isso em consideração já que muitas metas pressupõem a ampliação do atendimento nas escolas. E, na lógica que temos hoje de financiamento, temos um problema sério para a expansão”, defendeu Cleuza.

A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, ressaltou que no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o orçamento da pasta triplicou e que o ministério já presta apoio aos municípios mais “fragilizados” economicamente. “É evidente que o MEC sempre lutará por mais recursos”, afirma. Segundo ela, o número recorde de emendas que o plano recebeu surpreendeu positivamente o ministério.
Por Agência Brasil.
Fonte: UJS

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Conferências livres da juventude: saiba como contribuir com a sua ideia!

A II Conferência Nacional de Juventude foi lançada semana passada e acontecerá entre os dias 9 e 12 de dezembro. Mas você já pode participar do processo.

A II Conferência Nacional de Juventude já tem data e local definidos. Será em Brasília, entre os dias 9 e 12 de dezembro e pretende envolver mais de quatrocentos mil jovens de todo país para discutir a relação entre a juventude e o desenvolvimento. O evento foi lançado oficialmente semana passada (7), no Palácio do Planalto, pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, e pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve).

O processo da Conferência, no entanto, já está acontecendo em diversos municípios e a UNE vem se mobilizando para contribuir em peso neste debate. Os jovens de todos os cantos do país podem, desde já, reunirem-se e debaterem os temas que estarão presentes no encontro nacional. Quer saber como? Um dos principais instrumentos que possibilitam essa discussão são as chamadas conferências livres.
Elas são realizadas presencialmente ou virtualmente em âmbitos municipal, estadual, territorial ou temático. Nessas etapas livres participa qualquer grupo de jovem reunido em qualquer espaço, com qualquer formato. O nome já diz: “livre”, no sentido mais amplo da palavra.
Os temas propostos surgem a partir do olhar juvenil questionando sua própria realidade e propondo soluções sob diversos pontos de vista. Dessa forma, o debate passa a ser mais acessível, atingindo as periferias, os núcleos escolares e universitários, as várias tribos e identidades. Por isso, essas etapas livres são, acima de tudo, instrumento de mobilização para as conferências oficiais.
“Desde que os temas da Conferência sejam debatidos, vale tudo. O importante é a participação. Queremos ideias, queremos saber o que os jovens pensam”, explica a responsável pela Secretaria Nacional de Juventude, Ângela Guimarães.
Essas etapas são também um indicador de quais temas a juventude está procurando se debruçar, ao passo de proporcionar a todos os interessados a vivência da participação e, principalmente, da colaboração. A mobilização e o fortalecimento das políticas públicas para juventude precisam do apoio da juventude. Novos olhares, novas perspectivas e novos atores sociais são fundamentais para incentivar a democracia e para aprofundar as mudanças do país através da participação.
A UNE nos debatesNa última Conferência, a UNE foi a entidade que mais organizou conferências livres, contribuindo em peso para o debate sobre as politicas públicas para a juventude. Desta vez, não será diferente, como afirma a diretora da entidade, Marcela Cardoso, uma das 15 representantes da sociedade civil para a comissão organizadora da 2ª  Conferência Nacional de Juventude. Ela convoca todos os estudantes a realizarem as suas conferências e se mobilizarem para além dos muros das universidades.
“Os jovens já envolvidos nesse contexto, assim como os que compõem as coordenadorias municipais, estaduais e nacionais devem propor mais e mais debates para fomentar políticas voltadas a juventude. Essas políticas não podem ser rasas. Tem que ser analisadas, discutidas, reformuladas. Eu sei que a UNE é um grande instrumento para estimular os jovens a realizarem as conferências livres. Queremos superar a marca de meio milhão da Conferência passada. Quanto mais jovens, mais democrático será o ambiente”, pontua Marcela.
Saiba como participar do encontro nacional através das conferências livresDessas etapas livres, que acontecem paralelamente às conferências municipais e estaduais de juventude, sairão propostas para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas aos jovens, que serão incorporadas às soluções pensadas nas demais etapas preparatórias e enviadas para a II Conferência Nacional de Juventude, que acontece entre os dias 09 e 12 de dezembro, em Brasília.
Para realizar uma delas é muito simples. Basta se cadastrar através do endereço conferencia.juvenrtide@planalto.gov.br e, depois de realizada, enviar o relatório para este mesmo endereço. Eles podem ser enviados até o dia 30 de setembro.
O processo da II Conferência Nacional de Juventude é normatizado por uma série de documentos que contém regras e orientações para o desenvolvimento das etapas. Leia abaixo o regimento completo para ficar por dentro de todo encontro.

Fonte: UNE